segunda-feira, 22 de junho de 2009

Uma futura jornalista, com diploma

Por Ane Gottlieb
Apesar da decisão em última instância do STF e da desmoralização do jornalismo feita pelo Ministro Gilmar Mendes, que pouco conhece da área, os profissionais têm que pensar em possíveis melhoras. Está aberto um período que exige uma rediscussão profissional relacionadas às capacitações.
Em países da Europa e nos EUA não se necessita do diploma para ser jornalistas, mas isso não quer dizer que qualquer pessoa tem a capacidade de ser um.
Um jornalista não é mero reprodutor de fatos aleatórios. Há critérios para essa escolha e bases de estudo para tal. Por isso, estuda-se sociologia, psicologia, estética, ética e outros estudos teóricos em uma faculdade. É uma base que serve para aprimorar a produção da prática e abrir a mente para a criatividade. Criatividade que capacita a produção das pautas relacionadas à saúde, hoje, amanha à economia e depois à educação e assim cotidianamente.
Ser jornalista na contemporaneidade é ser mais que um generalista que escreve para um público maior possível. É saber ser especialista em um determinado momento. Falar sobre um assunto, de tal maneira, que todos possam compreendê-lo como se estivessem conversando com alguém que só estudou sobre. É saber ter multi capacidades para agregar em uma única pessoa a solução de uma falha na redação por falta de pessoal. É ter vários sentidos aguçados, principalmente a visão e a audição, para perceber que as mesmas notícias de todos os anos podem ser publicadas de forma diferenciada parecendo sempre uma novidade.
Conhecer e aprimorar habilidades pode ser sim na academia. Um conhecimento adquirido que nem o desfazer de um papel será capaz de retirar.